O que é ortopedia regenerativa?

Leonardo Zanesco • 16 de dezembro de 2024

A ortopedia regenerativa representa uma abordagem moderna e promissora no tratamento de lesões e condições ortopédicas. Utilizando terapias biológicas, como células mesenquimais e plasma rico em plaquetas (PRP), busca promover a cura natural do corpo e reduzir a necessidade de intervenções cirúrgicas mais invasivas. 


Se você deseja entender melhor as questões envolvendo a ortopedia regenerativa, como suas aplicações, limitações e quem pode se beneficiar dessa abordagem, este artigo é para você. Aqui, você encontrará
informações baseadas em evidências que ajudam a esclarecer dúvidas e a ampliar o conhecimento sobre essa técnica promissora.


O que é ortopedia regenerativa?


Ortopedia regenerativa é um ramo da medicina focado em
técnicas biológicas que visam promover a regeneração de tecidos danificados em articulações, ossos, tendões e músculos. O objetivo é estimular a restauração da função tecidual de maneira natural e menos invasiva, diferindo dos métodos tradicionais que frequentemente envolvem cirurgia.


Essa abordagem tem ganhado relevância nas últimas décadas, impulsionada pelo avanço de tratamentos como
células mesenquimais, plasma rico em plaquetas (PRP) e outras terapias biológicas inovadoras.


Como funciona a ortopedia regenerativa?


A ortopedia regenerativa aproveita a capacidade natural de cura do organismo para facilitar a recuperação de lesões.  Conheça algumas das principais modalidades dessa abordagem:


Células mesenquimais

Essas células possuem a habilidade de se diferenciar em vários tipos celulares, promovendo a regeneração dos tecidos danificados. Elas são colhidas do próprio paciente, geralmente da medula óssea ou do tecido adiposo, e aplicadas na área lesionada. Os benefícios incluem alívio da dor, cicatrização mais rápida e recuperação das funções articulares.


Plasma Rico em Plaquetas (PRP)

O PRP é obtido do sangue do próprio paciente e é rico em fatores de crescimento que ajudam na reparação dos tecidos. O processo envolve a centrifugação do sangue para separar o plasma concentrado em plaquetas, que é aplicado na região afetada. Suas vantagens incluem a redução da inflamação e o estímulo à recuperação de tendões e ligamentos.


Ácido Hialurônico

O ácido hialurônico é uma substância naturalmente presente nas articulações, responsável pela lubrificação e absorção de impacto. Na ortopedia regenerativa, suas injeções são utilizadas para tratar condições como osteoartrite, proporcionando alívio da dor e melhoria na mobilidade articular. Apesar de não apresentar forte efeito regenerativo, é uma alternativa interessante quando associada a outros tratamentos ortobiológicos.


Quer saber mais sobre os ortobiológicos na ortopedia?
  Acesse esse conteúdo.


Proloterapia

A proloterapia consiste na aplicação de uma solução irritante, geralmente à base de dextrose, na área lesionada. Isso estimula uma resposta inflamatória controlada, promovendo a regeneração dos tecidos.  É frequentemente utilizada para tratar dores crônicas e lesões degenerativas de tendões e ligamentos.


Aspirado de Medula Óssea

O aspirado de medula óssea utiliza células mesenquimais retiradas da medula óssea do próprio paciente. Essa técnica é eficaz para tratar lesões articulares, fraturas complexas e degenerações iniciais. Para maior conforto, o procedimento costuma ser realizado sob sedação em centro cirúrgico. Seu processamento pode gerar o BMAC, uma versão concentrada e mais potente.

Gordura Microfragmentada (Nanofat)

A gordura microfragmentada, ou Nanofat, é obtida por meio da extração de tecido adiposo do paciente, seguida de um processamento simples. Essa técnica é indicada para tratar lesões de tecidos moles, como tendões e cartilagens, com resultados promissores em regeneração tecidual. Ela se diferencia do aspirado de medula óssea em termos de composição e indicações.


Fração Vascular Estromal

A fração vascular estromal, obtida do tecido adiposo, apresenta uma alta concentração de células regenerativas. Tradicionalmente, era processada apenas em protocolos de pesquisa, mas avanços recentes possibilitaram o uso clínico por meio de processamento mecânico. A SVF é uma das áreas mais estudadas na medicina regenerativa atualmente, devido ao seu grande potencial terapêutico.


Quais as principais indicações da ortopedia regenerativa?


Lesões articulares


A ortopedia regenerativa tem
grande eficácia  no tratamento de lesões articulares, como em casos de artrose, onde a cartilagem sofre desgaste progressivo.


Tendinites crônicas


Terapias regenerativas são indicadas para
tendinites crônicas, especialmente quando não respondem a métodos tradicionais. Essas abordagens ajudam a aliviar a dor e melhorar a função articular.


Lesões musculares e ligamentares


O uso de PRP e células-tronco é comum para acelerar a recuperação de lesões musculares e ligamentares, favorecendo um
retorno mais rápido e seguro às atividades físicas, especialmente para atletas.


Quais são os benefícios e limitações da ortopedia regenerativa?


Benefícios


  • Minimamente invasiva: Reduz o risco de complicações associadas a cirurgias.
  • Recuperação natural: Aproveita a capacidade de regeneração do próprio organismo.
  • Tempo de recuperação: Pode acelerar a reabilitação em comparação com abordagens tradicionais.


Limitações


  • Resultados variáveis: A resposta ao tratamento pode diferir de um paciente para outro.
  • Necessidade de mais estudos: Apesar dos resultados animadores, mais pesquisas de longo prazo são necessárias para confirmar a eficácia em certos casos.


Quais são os procedimentos e cuidados pós-tratamento?


Após a aplicação das terapias regenerativas,
seguir as orientações médicas é essencial para potencializar os resultados. Entre as principais recomendações estão:


  1. Reabilitação física: Participar de sessões de fisioterapia personalizadas para fortalecer a região tratada, melhorar a mobilidade e promover uma recuperação eficiente.
  2. Repouso relativo: Evitar atividades que sobrecarreguem a área tratada durante o período de cicatrização indicado pelo ortopedista, garantindo uma recuperação segura e sem complicações.
  3. Monitoramento contínuo: Manter consultas de acompanhamento é importante para que o especialista possa avaliar a resposta ao tratamento e ajustar as condutas conforme necessário. Isso ajuda a assegurar o sucesso da terapia e a prevenir possíveis complicações.


Além disso,
manter uma comunicação clara com o médico e reportar qualquer alteração ou desconforto inesperado contribui para um processo de reabilitação eficaz e seguro.


Quem pode se beneficiar da ortopedia regenerativa?


Pacientes com
lesões crônicas ou degenerativas que não responderam bem aos tratamentos convencionais são os principais beneficiados. No entanto, a indicação deve ser feita por um ortopedista especializado, que analisará o histórico clínico e a condição específica de cada pessoa para determinar a melhor abordagem.


Perguntas frequentes


O que é ortopedia regenerativa?

A ortopedia regenerativa é uma área da medicina que utiliza terapias biológicas, como células mesenquimais e PRP (plasma rico em plaquetas), para promover a regeneração de tecidos lesionados e tratar condições ortopédicas de forma minimamente invasiva.


Quais são as principais aplicações da ortopedia regenerativa?

É aplicada em casos de artrose, tendinites crônicas, lesões musculares e ligamentares, e na recuperação de articulações desgastadas, promovendo alívio da dor e recuperação da função.


Quem pode se beneficiar da ortopedia regenerativa?

Pacientes com lesões crônicas ou degenerativas que não responderam a tratamentos convencionais, como artrose e tendinites, podem se beneficiar, desde que a indicação seja avaliada por um ortopedista especializado.


Quais são os benefícios da ortopedia regenerativa?

A principal vantagem é ser minimamente invasiva, utilizando o potencial de cura do corpo, o que pode acelerar a recuperação, reduzir a dor e minimizar o tempo de reabilitação em comparação com cirurgias tradicionais.


Quanto tempo leva para notar os resultados da ortopedia regenerativa?

O tempo de resposta pode variar, mas a maioria dos pacientes começa a notar melhora nas primeiras semanas a meses após o tratamento, dependendo da condição tratada.


A ortopedia regenerativa substitui a cirurgia?

Em muitos casos, a ortopedia regenerativa pode evitar ou postergar a necessidade de cirurgia. No entanto, a decisão depende da gravidade da lesão e da resposta do paciente ao tratamento.


Quais condições não respondem bem à ortopedia regenerativa?

Lesões muito avançadas ou com grande destruição tecidual podem não ter uma boa resposta, sendo a cirurgia uma opção mais indicada em alguns casos.


Ortopedia com foco em ombro e cotovelo | Dr. Leonardo Zanesco


A ortopedia regenerativa representa uma abordagem promissora para o tratamento de diversas condições ortopédicas, oferecendo uma alternativa menos invasiva e com foco na regeneração natural dos tecidos. Para quem busca opções inovadoras para tratar lesões e melhorar a qualidade de vida,
consultar um especialista em ortopedia com expertise em medicina regenerativa é um passo importante.


Você já conhecia a ortopedia regenerativa como uma opção de tratamento? Compartilhe suas dúvidas e experiências nos comentários!


Se você está em busca de um ortopedista especialista em ombro e cotovelo, sou o
Dr. Leonardo Zanesco. Possuo vasta experiência em diagnósticos precisos e tratamentos avançados, com estudos constantes na área de ortopedia regenerativa. Formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), sou membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT)


Para mais informações
confira o meu site e se você quiser agendar uma consulta clique aqui.


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