Artroplastias de ombro e cotovelo

Ortopedista em São Paulo


O que é artroplastia?

Artroplastia é um procedimento cirúrgico que envolve a reconstrução ou substituição de uma articulação danificada com o objetivo de aliviar a dor e restaurar sua função. É um procedimento frequentemente realizado em articulações que foram afetadas por lesões traumáticas graves ou doenças degenerativas em estágios avançados. Existem diversas técnicas, como artroplastia de ressecção, de interposição, resurfacing, de substituição parcial ou total, cada qual com suas indicações específicas. Cotidianamente estas cirurgias são referidas como próteses de quadril, joelho, ombro e outras articulações.

Quais técnicas de artroplastia podem ser realizadas no ombro?

Na articulação do ombro, as técnicas de ressecção, interposição e resurfacing vêm sendo abandonadas, devido aos resultados insatisfatórios e elevada taxa de complicações. Atualmente os procedimento mais utilizados são os de substituição, sendos eles:  hemiartroplastia - substituição apenas da porção umeral; artroplastia total anatômica - substituição das porções umeral e glenoidal; artroplastia total reversa - em que não só substituímos as porções umeral e glenoidal como também alteramos sua forma, devolvendo função ao ombro sem depender do manguito rotador.

Quais técnicas de artroplastia podem ser realizadas no cotovelo?

Na articulação do cotovelo também utilizamos predominantemente os procedimentos de substituição, sendo eles as artroplastias parcial e total do cotovelo. Porém, diferentemente do ombro, um procedimento mais antigo que ainda traz excelente resultados é a artroplastia de interposição, na qual não é ressecado o tecido nativo do paciente e apenas interposto um enxerto de tendão ou fáscia que atua como uma nova cartilagem.

Existe um momento ideal para se realizar a artroplastia?

Esta pergunta precisa ser respondida dentro de dois cenários distintos, o das lesões traumáticas e o das degenerativas. Quando falamos em realizar uma artroplastia para uma lesão degenerativa, a indicação principal é a dor. O problema é que as próteses (artroplastias de substituição) têm duração limitada - 5, 10, 15 anos ou mais, a depender da técnica utilizada - de forma que quando realizadas em pacientes mais jovens, estes necessariamente irão passar por novos procedimentos cirúrgicos ao longo de sua vida. Sendo assim, é preferível manejar o quadro de dor e buscar uma melhora da função com outras terapias e adiar a artroplastia sempre que possível. Já quando falamos sobre lesões traumáticas, a artroplastia é indicada somente quando outras alternativas possuem prognóstico muito desfavorável; sendo assim, a idade passa a ser um fator secundário na indicação do procedimento.