Plasma rico em plaquetas na ortopedia: Entenda seu uso

Leonardo Zanesco • 2 de junho de 2025

O plasma rico em plaquetas (PRP) tem ganhado destaque na ortopedia como uma alternativa inovadora para o tratamento de lesões musculoesqueléticas. Sua aplicação utiliza os próprios fatores de crescimento do paciente para estimular a regeneração de tecidos danificados. Mas como exatamente o PRP funciona e quais são seus benefícios na ortopedia?


Neste artigo, exploramos seu mecanismo de ação, indicações, eficácia e limitações.
Continue a leitura e entenda mais sobre o PRP na ortopedia.


O que é o plasma rico em plaquetas (PRP)?


O
plasma rico em plaquetas (PRP) é um componente derivado do próprio sangue do paciente, concentrado em plaquetas e fatores de crescimento. Essas substâncias desempenham um papel fundamental na regeneração tecidual, auxiliando na reparação de cartilagem, músculos, tendões e ligamentos, além de reduzir inflamações e acelerar o processo de cicatrização.




Como o PRP é obtido?


O processo de obtenção do PRP envolve três etapas principais:


  1. Coleta de sangue – Uma pequena quantidade de sangue do próprio paciente é retirada.
  2. Centrifugação – O sangue coletado é processado em uma centrífuga para separar e concentrar as plaquetas e os fatores de crescimento.
  3. Aplicação na área afetada – O PRP é injetado diretamente no local da lesão, geralmente com o auxílio de ultrassom para garantir precisão e eficácia no tratamento.


Esse procedimento é rápido, realizado em
ambiente ambulatorial, e permite que o paciente retorne às suas atividades diárias pouco tempo após a aplicação.


Indicações do PRP na ortopedia


O plasma rico em plaquetas tem se mostrado uma alternativa eficaz no tratamento de diversas condições ortopédicas, ajudando a reduzir a dor, a inflamação e a promover a regeneração tecidual. Entre as principais indicações, destacam-se:


Lesões de tendões e ligamentos


O PRP é amplamente
utilizado no tratamento de tendinites e lesões ligamentares, auxiliando na regeneração dos tecidos e na recuperação da função articular. Suas principais aplicações incluem:


  • Tendinites crônicas, como epicondilite lateral (cotovelo de tenista) e tendinite patelar.
  • Lesões parciais de ligamentos, especialmente no joelho, como no ligamento cruzado anterior (LCA) e posterior (LCP).
  • Fasceíte plantar, uma inflamação recorrente em atletas e praticantes de corrida.


Artrose e desgaste da cartilagem


O PRP pode ser um aliado no tratamento da
artrose leve a moderada, pois:


  • Reduz a inflamação nas articulações.
  • Melhora a lubrificação intra-articular.
  • Auxilia na regeneração de tecidos cartilaginosos, proporcionando alívio da dor e melhora da mobilidade.


Lesões musculares


O PRP também é indicado para casos de
estiramentos e rupturas musculares, pois acelera o processo de cicatrização e reduz o tempo de recuperação, favorecendo o retorno mais seguro às atividades físicas.


Pós-operatório de cirurgias ortopédicas


A aplicação do PRP no período pós-cirúrgico pode ser benéfica para:


  • Acelerar a cicatrização dos tecidos.
  • Reduzir a inflamação e a dor no pós-operatório.
  • Favorecer a reabilitação e o retorno mais rápido às atividades diárias.


Com essas aplicações, o PRP tem se consolidado como uma abordagem complementar na ortopedia, proporcionando recuperação mais eficiente e melhora na qualidade de vida dos pacientes.


Mecanismo de ação do PRP


O plasma rico em plaquetas contém uma alta concentração de fatores de crescimento, como o
fator de crescimento derivado de plaquetas (PDGF) e o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF). Essas substâncias desempenham um papel essencial na regeneração de tecidos e na recuperação de lesões musculoesqueléticas.


Entre seus principais efeitos, destacam-se:


  • Estimulação da produção de colágeno, fundamental para a reparação de tendões e cartilagem.
  • Redução da inflamação, auxiliando no controle da dor e no alívio do inchaço.
  • Melhora da circulação sanguínea, favorecendo a nutrição celular e acelerando o processo de regeneração dos tecidos afetados.


Graças a esses mecanismos, o PRP se apresenta como uma opção minimamente invasiva e segura, oferecendo
recuperação mais rápida e menos dependência de tratamentos convencionais, como o uso prolongado de anti-inflamatórios.


Vantagens do PRP na ortopedia


O PRP vem se consolidando como uma alternativa eficaz para o tratamento de diversas condições ortopédicas, oferecendo benefícios significativos em comparação com abordagens tradicionais.


1. Procedimento minimamente invasivo


A aplicação do PRP é realizada por meio de injeções diretas na área lesionada,
sem necessidade de cortes, internação hospitalar ou tempo prolongado de recuperação.


2. Segurança e biocompatibilidade


Por ser um material autólogo (extraído do próprio paciente), o PRP
reduz riscos de rejeição, alergias ou efeitos adversos, tornando o tratamento mais seguro.


3. Redução da dor e melhora da função articular


Estudos demonstram que pacientes tratados com PRP apresentam
alívio da dor e melhora na mobilidade articular, principalmente em quadros de tendinites e artrose leve a moderada.


4. Opção para casos resistentes a outros tratamentos


O PRP pode ser indicado para pacientes que não tiveram boa resposta a medicamentos ou fisioterapia, oferecendo uma
abordagem complementar para estimular a recuperação tecidual.


Limitações do PRP


Embora o plasma rico em plaquetas ofereça diversos benefícios, ele também apresenta algumas restrições que devem ser consideradas.


O PRP
não é a melhor opção para todos os casos. Em lesões mais avançadas ou rupturas completas de tendões, a cirurgia pode ser necessária para garantir uma recuperação adequada.


Algumas condições exigem
mais de uma sessão para alcançar resultados satisfatórios, dependendo da gravidade da lesão e da resposta do paciente.


E ainda, a eficácia do PRP pode ser influenciada por fatores como idade, nível de atividade física e estágio da lesão.


Esses pontos ressaltam a importância de uma
avaliação médica para determinar se o PRP é a melhor abordagem para cada paciente.


Perguntas frequentes


O que é PRP na ortopedia?

O PRP é um tratamento biológico que utiliza plaquetas do próprio paciente para estimular a regeneração de tecidos, reduzir inflamações e aliviar a dor em lesões ortopédicas.


Para quais condições ortopédicas o PRP é indicado?

O PRP pode ser utilizado para tratar tendinites crônicas, artrose leve a moderada, lesões musculares, lesões ligamentares e recuperação pós-operatória em cirurgias ortopédicas.


Como é feito o procedimento de PRP na ortopedia?

O tratamento envolve a coleta de sangue do paciente, centrifugação para separar as plaquetas e aplicação do PRP na área lesionada, geralmente guiada por ultrassom para maior precisão.


O PRP substitui a cirurgia em casos ortopédicos?

Depende do caso. Em lesões leves a moderadas, o PRP pode evitar ou retardar a necessidade de cirurgia. No entanto, em rupturas completas de tendões e lesões graves, a cirurgia pode ser necessária.


Quantas sessões de PRP são necessárias para um bom resultado?

O número de aplicações varia conforme a lesão e a resposta do paciente, mas geralmente são recomendadas de 2 a 4 sessões, com intervalos de algumas semanas entre cada uma.


Quais são os benefícios do PRP na ortopedia?

O PRP acelera a cicatrização, melhora a lubrificação articular, reduz a dor e a inflamação e promove a regeneração de tendões, cartilagem e músculos.


Quem pode fazer tratamento com PRP para lesões ortopédicas?

Pacientes com lesões musculoesqueléticas que não responderam bem a tratamentos convencionais, como fisioterapia e medicamentos, podem ser candidatos ao PRP.


O PRP pode ser combinado com outros tratamentos?

Sim. O PRP pode ser associado a fisioterapia, reabilitação personalizada e outras terapias regenerativas, como células mesenquimais, para otimizar os resultados.


O PRP pode substituir o uso de corticoides em infiltrações ortopédicas?

Em muitos casos, sim. O PRP oferece um efeito anti-inflamatório e regenerativo sem os efeitos colaterais dos corticoides, como desgaste da cartilagem e enfraquecimento de tecidos.


O local da aplicação do PRP influencia nos resultados do tratamento?

Sim. A precisão da aplicação é essencial para otimizar os resultados. Por isso, a maioria das aplicações é feita com auxílio de ultrassom para garantir que o PRP chegue ao local correto.


O PRP pode ser utilizado após cirurgias ortopédicas para acelerar a recuperação?

Sim. O PRP é usado no pós-operatório de algumas cirurgias para reduzir inflamação, dor e melhorar a regeneração tecidual, ajudando na reabilitação mais rápida.


Existe diferença entre PRP rico em leucócitos e PRP pobre em leucócitos na ortopedia?

Sim. O PRP rico em leucócitos é mais indicado para tendinites crônicas devido ao efeito inflamatório inicial, enquanto o PRP pobre em leucócitos é preferido para artrose, pois reduz inflamações sem agravar os sintomas.


Tratamento através de PRP em São Paulo | Dr. Leonardo Zanesco


O plasma rico em plaquetas na ortopedia representa um avanço significativo na recuperação de lesões musculoesqueléticas, oferecendo uma alternativa segura, minimamente invasiva e com grande potencial regenerativo. Seu uso tem sido amplamente estudado e demonstrado benefícios em condições como artrose, tendinites e lesões ligamentares. No entanto,
é fundamental contar com uma avaliação médica para determinar se essa é a melhor opção para cada caso.


Você já conhecia o PRP como tratamento ortopédico?


Se você está em busca de um ortopedista especialista em ombro e cotovelo, sou o
Dr. Leonardo Zanesco e possuo vasta experiência em diagnósticos precisos, tratamentos avançados e técnicas de medicina regenerativa, incluindo o Plasma Rico em Plaquetas. Ortopedista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), sou membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). Me dedico à educação contínua e ao bem-estar dos meus pacientes, garantindo um atendimento de excelência.


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