Plasma rico em plaquetas na ortopedia: Entenda seu uso
O plasma rico em plaquetas (PRP) tem ganhado destaque na ortopedia como uma alternativa inovadora para o tratamento de lesões musculoesqueléticas. Sua aplicação utiliza os próprios fatores de crescimento do paciente para estimular a regeneração de tecidos danificados. Mas como exatamente o PRP funciona e quais são seus benefícios na ortopedia?
Neste artigo, exploramos seu mecanismo de ação, indicações, eficácia e limitações.
Continue a leitura e entenda mais sobre o PRP na ortopedia.
O que é o plasma rico em plaquetas (PRP)?
O
plasma rico em plaquetas (PRP) é um componente derivado do próprio sangue do paciente, concentrado em plaquetas e fatores de crescimento. Essas substâncias desempenham um papel fundamental na regeneração tecidual, auxiliando na reparação de cartilagem, músculos, tendões e ligamentos, além de reduzir inflamações e acelerar o processo de cicatrização.

Como o PRP é obtido?
O processo de obtenção do PRP envolve três etapas principais:
- Coleta de sangue – Uma pequena quantidade de sangue do próprio paciente é retirada.
- Centrifugação – O sangue coletado é processado em uma centrífuga para separar e concentrar as plaquetas e os fatores de crescimento.
- Aplicação na área afetada – O PRP é injetado diretamente no local da lesão, geralmente com o auxílio de ultrassom para garantir precisão e eficácia no tratamento.
Esse procedimento é rápido, realizado em
ambiente ambulatorial, e permite que o paciente retorne às suas atividades diárias pouco tempo após a aplicação.
Indicações do PRP na ortopedia
O plasma rico em plaquetas tem se mostrado uma alternativa eficaz no tratamento de diversas condições ortopédicas, ajudando a reduzir a dor, a inflamação e a promover a regeneração tecidual. Entre as principais indicações, destacam-se:
Lesões de tendões e ligamentos
O PRP é amplamente
utilizado no tratamento de tendinites e lesões ligamentares, auxiliando na regeneração dos tecidos e na recuperação da função articular. Suas principais aplicações incluem:
- Tendinites crônicas, como epicondilite lateral (cotovelo de tenista) e tendinite patelar.
- Lesões parciais de ligamentos, especialmente no joelho, como no ligamento cruzado anterior (LCA) e posterior (LCP).
- Fasceíte plantar, uma inflamação recorrente em atletas e praticantes de corrida.
Artrose e desgaste da cartilagem
O PRP pode ser um aliado no tratamento da
artrose leve a moderada, pois:
- Reduz a inflamação nas articulações.
- Melhora a lubrificação intra-articular.
- Auxilia na regeneração de tecidos cartilaginosos, proporcionando alívio da dor e melhora da mobilidade.
Lesões musculares
O PRP também é indicado para casos de
estiramentos e rupturas musculares, pois acelera o processo de cicatrização e reduz o tempo de recuperação, favorecendo o retorno mais seguro às atividades físicas.
Pós-operatório de cirurgias ortopédicas
A aplicação do PRP no período pós-cirúrgico pode ser benéfica para:
- Acelerar a cicatrização dos tecidos.
- Reduzir a inflamação e a dor no pós-operatório.
- Favorecer a reabilitação e o retorno mais rápido às atividades diárias.
Com essas aplicações, o PRP tem se consolidado como uma abordagem complementar na ortopedia, proporcionando recuperação mais eficiente e melhora na qualidade de vida dos pacientes.
Mecanismo de ação do PRP
O plasma rico em plaquetas contém uma alta concentração de fatores de crescimento, como o
fator de crescimento derivado de plaquetas (PDGF) e o
fator de crescimento endotelial vascular (VEGF). Essas substâncias desempenham um papel essencial na regeneração de tecidos e na recuperação de lesões musculoesqueléticas.
Entre seus principais efeitos, destacam-se:
- Estimulação da produção de colágeno, fundamental para a reparação de tendões e cartilagem.
- Redução da inflamação, auxiliando no controle da dor e no alívio do inchaço.
- Melhora da circulação sanguínea, favorecendo a nutrição celular e acelerando o processo de regeneração dos tecidos afetados.
Graças a esses mecanismos, o PRP se apresenta como uma opção minimamente invasiva e segura, oferecendo recuperação mais rápida e menos dependência de tratamentos convencionais, como o uso prolongado de anti-inflamatórios.
Vantagens do PRP na ortopedia
O PRP vem se consolidando como uma alternativa eficaz para o tratamento de diversas condições ortopédicas, oferecendo benefícios significativos em comparação com abordagens tradicionais.
1. Procedimento minimamente invasivo
A aplicação do PRP é realizada por meio de injeções diretas na área lesionada,
sem necessidade de cortes, internação hospitalar ou tempo prolongado de recuperação.
2. Segurança e biocompatibilidade
Por ser um material autólogo (extraído do próprio paciente), o PRP reduz riscos de rejeição, alergias ou efeitos adversos, tornando o tratamento mais seguro.
3. Redução da dor e melhora da função articular
Estudos demonstram que pacientes tratados com PRP apresentam
alívio da dor e melhora na mobilidade articular, principalmente em quadros de tendinites e artrose leve a moderada.
4. Opção para casos resistentes a outros tratamentos
O PRP pode ser indicado para pacientes que não tiveram boa resposta a medicamentos ou fisioterapia, oferecendo uma
abordagem complementar
para estimular a recuperação tecidual.
Limitações do PRP
Embora o plasma rico em plaquetas ofereça diversos benefícios, ele também apresenta algumas restrições que devem ser consideradas.
O PRP
não é a melhor opção para todos os casos. Em lesões mais avançadas ou rupturas completas de tendões, a cirurgia pode ser necessária para garantir uma recuperação adequada.
Algumas condições exigem
mais de uma sessão
para alcançar resultados satisfatórios, dependendo da gravidade da lesão e da resposta do paciente.
E ainda, a eficácia do PRP pode ser influenciada por fatores como idade, nível de atividade física e estágio da lesão.
Esses pontos ressaltam a importância de uma
avaliação médica
para determinar se o PRP é a melhor abordagem para cada paciente.
Perguntas frequentes
O que é PRP na ortopedia?
O PRP é um tratamento biológico que utiliza plaquetas do próprio paciente para estimular a regeneração de tecidos, reduzir inflamações e aliviar a dor em lesões ortopédicas.
Para quais condições ortopédicas o PRP é indicado?
O PRP pode ser utilizado para tratar tendinites crônicas, artrose leve a moderada, lesões musculares, lesões ligamentares e recuperação pós-operatória em cirurgias ortopédicas.
Como é feito o procedimento de PRP na ortopedia?
O tratamento envolve a coleta de sangue do paciente, centrifugação para separar as plaquetas e aplicação do PRP na área lesionada, geralmente guiada por ultrassom para maior precisão.
O PRP substitui a cirurgia em casos ortopédicos?
Depende do caso. Em lesões leves a moderadas, o PRP pode evitar ou retardar a necessidade de cirurgia. No entanto, em rupturas completas de tendões e lesões graves, a cirurgia pode ser necessária.
Quantas sessões de PRP são necessárias para um bom resultado?
O número de aplicações varia conforme a lesão e a resposta do paciente, mas geralmente são recomendadas de 2 a 4 sessões, com intervalos de algumas semanas entre cada uma.
Quais são os benefícios do PRP na ortopedia?
O PRP acelera a cicatrização, melhora a lubrificação articular, reduz a dor e a inflamação e promove a regeneração de tendões, cartilagem e músculos.
Quem pode fazer tratamento com PRP para lesões ortopédicas?
Pacientes com lesões musculoesqueléticas que não responderam bem a tratamentos convencionais, como fisioterapia e medicamentos, podem ser candidatos ao PRP.
O PRP pode ser combinado com outros tratamentos?
Sim. O PRP pode ser associado a fisioterapia, reabilitação personalizada e outras terapias regenerativas, como células mesenquimais, para otimizar os resultados.
O PRP pode substituir o uso de corticoides em infiltrações ortopédicas?
Em muitos casos, sim. O PRP oferece um efeito anti-inflamatório e regenerativo sem os efeitos colaterais dos corticoides, como desgaste da cartilagem e enfraquecimento de tecidos.
O local da aplicação do PRP influencia nos resultados do tratamento?
Sim. A precisão da aplicação é essencial para otimizar os resultados. Por isso, a maioria das aplicações é feita com auxílio de ultrassom para garantir que o PRP chegue ao local correto.
O PRP pode ser utilizado após cirurgias ortopédicas para acelerar a recuperação?
Sim. O PRP é usado no pós-operatório de algumas cirurgias para reduzir inflamação, dor e melhorar a regeneração tecidual, ajudando na reabilitação mais rápida.
Existe diferença entre PRP rico em leucócitos e PRP pobre em leucócitos na ortopedia?
Sim. O PRP rico em leucócitos é mais indicado para tendinites crônicas devido ao efeito inflamatório inicial, enquanto o PRP pobre em leucócitos é preferido para artrose, pois reduz inflamações sem agravar os sintomas.
Tratamento através de PRP em São Paulo | Dr. Leonardo Zanesco
O plasma rico em plaquetas na ortopedia representa um avanço significativo na recuperação de lesões musculoesqueléticas, oferecendo uma alternativa segura, minimamente invasiva e com grande potencial regenerativo. Seu uso tem sido amplamente estudado e demonstrado benefícios em condições como artrose, tendinites e lesões ligamentares. No entanto,
é fundamental contar com uma avaliação médica para determinar se essa é a melhor opção para cada caso.
Você já conhecia o PRP como tratamento ortopédico?
Se você está em busca de um ortopedista especialista em ombro e cotovelo, sou o
Dr. Leonardo Zanesco e possuo vasta experiência em diagnósticos precisos, tratamentos avançados e técnicas de medicina regenerativa, incluindo o Plasma Rico em Plaquetas. Ortopedista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), sou
membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). Me dedico à educação contínua e ao bem-estar dos meus pacientes, garantindo um atendimento de excelência.
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