Instabilidade do ombro: Tudo sobre o assunto

Leonardo Zanesco • 7 de março de 2025

A instabilidade do ombro é uma condição ortopédica em que a articulação do ombro perde sua capacidade de se manter estável, aumentando o risco de deslocamentos ou subluxações. Essa instabilidade ocorre porque o ombro é a articulação mais móvel do corpo humano, mas essa ampla mobilidade também o torna vulnerável a lesões, especialmente em pessoas que praticam esportes ou atividades físicas intensas ou com hiperlassidão ligamentar.


Você quer
entender mais sobre a instabilidade do ombro, seus tipos, causas, como é feito o diagnóstico e opções de tratamento? Continue lendo este conteúdo. 


Tipos de instabilidade do ombro


Os deslocamentos podem ser parciais (subluxações) ou completos, levando a dor, desconforto e limitação funcional. Dependendo do mecanismo da lesão,
a instabilidade pode ser classificada em:


Instabilidade anterior

A mais comum, ocorre quando a cabeça do úmero se desloca para frente da cavidade glenoidal. Geralmente está associada a traumas diretos, quedas ou movimentos esportivos bruscos.


Instabilidade posterior

Mais rara, ocorre quando a cabeça do úmero se desloca para trás, frequentemente relacionada a impactos diretos, convulsões ou choques elétricos.


Instabilidade multidirecional

Ocorre quando o ombro se torna instável em mais de uma direção. Pode estar relacionada à hipermobilidade dos ligamentos, sendo mais frequente em indivíduos com frouxidão ligamentar generalizada.


Principais causas da instabilidade do ombro


A instabilidade do ombro pode ser causada por diferentes fatores, incluindo:


  • Lesões traumáticas: Quedas, colisões e impactos diretos podem comprometer os ligamentos e estruturas estabilizadoras do ombro.
  • Movimentos repetitivos: Atividades como arremesso, levantamento de peso ou esportes que exigem rotação excessiva do ombro podem levar a microlesões que comprometem a estabilidade articular.
  • Fatores genéticos e frouxidão ligamentar: Algumas pessoas têm ligamentos naturalmente mais flexíveis, tornando-as mais suscetíveis à instabilidade multidirecional.




Sintomas da instabilidade do ombro


Os sintomas variam de acordo com o grau de instabilidade, mas os mais comuns incluem:


  • Dor: Pode ser leve a intensa, especialmente ao levantar o braço ou realizar certos movimentos.
  • Sensação de deslocamento: Alguns pacientes relatam a sensação de que o ombro "vai sair do lugar" ao realizarem determinados movimentos.
  • Fraqueza muscular: A instabilidade pode comprometer a força do ombro, dificultando atividades cotidianas.
  • Rigidez e limitação de movimento: Em alguns casos, o paciente pode evitar de usar o membro por medo de nova luxação; esse imobilismo pode levar paradoxalmente a um quadro de rigidez.
  • Episódios de luxação recorrentes: Em casos mais graves, os deslocamentos podem se tornar frequentes, com risco de lesões mais graves ocorrerem a cada episódio.


Diagnóstico da instabilidade do ombro


O diagnóstico da instabilidade do ombro é
realizado por um  especialista em ortopedia   por meio de uma avaliação clínica detalhada e exames de imagem. 


O
exame físico inclui a análise da amplitude de movimento, testes específicos para verificar a estabilidade da articulação e a coleta do histórico médico do paciente, identificando possíveis traumas ou fatores predisponentes. 


Para complementar a avaliação, exames de imagem são essenciais. A
radiografia  permite visualizar fraturas ou alterações estruturais ósseas. A ressonância  magnética, por sua vez, é fundamental para identificar lesões ligamentares, tendinosas e estruturas adjacentes comprometidas, como na lesão de Bankart. Já a tomografia computadorizada é recomendada em casos específicos, quando há necessidade de uma análise mais detalhada das estruturas ósseas. 


Esse conjunto de exames possibilita um diagnóstico preciso e a definição do
melhor plano de tratamento para cada paciente.


Tratamentos para a instabilidade do ombro


O tratamento pode ser conservador ou cirúrgico, dependendo da gravidade do quadro e análise individualizada do paciente e suas particularidades:


Tratamento conservador


Em casos mais leves, o tratamento não cirúrgico é a primeira opção e inclui:


  • Fisioterapia: O fortalecimento dos músculos estabilizadores do ombro é essencial para melhorar a estabilidade articular e reduzir os episódios de luxação.
  • Medicação anti-inflamatória e analgesia: Para controle da dor e inflamação.
  • Modificação de atividades: Evitar movimentos que possam aumentar a instabilidade.
  • Uso de imobilizadores: Em alguns casos, pode ser necessário o uso de suportes para estabilizar o ombro temporariamente.


Tratamento cirúrgico


A cirurgia pode ser indicada quando o tratamento conservador não apresenta resultados satisfatórios ou quando há luxações recorrentes. Os principais procedimentos incluem:


  • Reparo artroscópico (cirurgia minimamente invasiva): Indicado para lesões nos ligamentos e cartilagens, como a lesão de Bankart.
  • Cirurgia aberta: Em casos de lesões mais complexas, pode ser necessário um procedimento mais extenso para restaurar a estabilidade do ombro.
  • Procedimentos com enxerto ósseo: Quando há perda significativa de estrutura óssea, pode ser necessário utilizar enxertos para reconstruir a região afetada.



Além disso, abordagens da medicina regenerativa, como a terapia com células mesenquimais e o plasma rico em plaquetas (PRP), vêm sendo estudadas como possíveis estratégias complementares para melhorar a cicatrização e acelerar a reabilitação.


Perguntas frequentes


A instabilidade do ombro pode melhorar sem cirurgia?

Sim, em muitos casos, a fisioterapia e o fortalecimento muscular são suficientes para estabilizar a articulação sem a necessidade de cirurgia.


Quais esportes apresentam maior risco de instabilidade do ombro?

Esportes como natação, vôlei, basquete, judô e levantamento de peso estão entre os que apresentam maior risco de instabilidade devido aos movimentos repetitivos e impactos frequentes.


Quanto tempo leva para recuperar a instabilidade do ombro?

O tempo de recuperação varia conforme o tratamento adotado. Em casos conservadores, pode levar algumas semanas a meses. Já após cirurgia, a reabilitação completa pode levar de 4 a 6 meses.


Existe prevenção para a instabilidade do ombro?

Sim. O fortalecimento da musculatura estabilizadora, o controle da técnica nos movimentos esportivos e o alongamento adequado são essenciais para prevenir a instabilidade.

Tratamento da Instabilidade do Ombro em São Paulo


Se você busca um
especialista em ombro e cotovelo, sou o Dr. Leonardo Zanesco. Graduado em Medicina pela Universidade de São Paulo (USP) e membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), dedico-me a oferecer diagnósticos precisos e tratamentos modernos para a recuperação da estabilidade do ombro. Meu compromisso é proporcionar um atendimento humanizado, focado na qualidade de vida dos pacientes. 


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