Capsulite adesiva (ombro congelado): Entenda por que o ombro trava
A capsulite adesiva, também conhecida como “ombro congelado”, é uma condição ortopédica caracterizada por dor intensa e rigidez progressiva na articulação do ombro. Ela interfere diretamente nas tarefas do dia a dia, como vestir-se ou pentear o cabelo, comprometendo a qualidade de vida do paciente.
Neste artigo, vamos entender o que causa esse travamento do ombro, quais são os sinais de alerta, como é feito o diagnóstico e quais são as opções de tratamento mais indicadas.
Continue a leitura para conhecer as etapas dessa condição e entender como recuperar os movimentos do ombro de forma segura e eficaz.
O que é capsulite adesiva?
A capsulite adesiva é uma
inflamação que afeta a cápsula articular do ombro, uma membrana que reveste e estabiliza a articulação. Essa estrutura, quando inflamada, perde sua elasticidade natural. As fibras internas se tornam mais espessas e começam a formar aderências — como se o tecido estivesse “colando”,
impedindo o deslizamento adequado durante o movimento.
Esse processo é progressivo. No início, o que se nota é apenas dor. Com o tempo, a perda de movimento se torna evidente. Como o ombro depende de movimentos amplos para muitas atividades básicas, essa rigidez impacta diretamente a autonomia do paciente.
Entre os sinais mais característicos estão:
- Dor contínua, geralmente pior à noite
- Perda progressiva da mobilidade
- Dificuldade para realizar tarefas simples do dia a dia
- Sensação de que o ombro está “travado”
É importante diferenciar essa condição de outras que causam dor no ombro, como
lesões do manguito rotador,
bursite ou artrose. Por isso, o
acompanhamento com um ortopedista experiente é fundamental para conduzir o diagnóstico correto e iniciar o tratamento adequado o quanto antes.
Quais são as causas da capsulite adesiva?
Em boa parte dos casos, não há uma causa única identificada, por isso ela é chamada de
idiopática. No entanto, alguns fatores aumentam o risco de desenvolver essa condição.
Entre os principais fatores associados, destacam-se:
- Diabetes mellitus, que afeta cerca de 20% dos pacientes com capsulite adesiva
- Distúrbios da tireoide, como hipotireoidismo ou hipertireoidismo
- Imobilização prolongada do ombro, após cirurgias ou lesões
- Doenças autoimunes, como a artrite reumatoide
- Alterações hormonais e metabólicas
Como a capsulite evolui?
A capsulite adesiva costuma se desenvolver em três fases, com
duração variável em cada pessoa.
1. Fase dolorosa (inflamatória)
Duração média: 2 a 9 meses
Há dor constante no ombro, até mesmo em repouso. A movimentação começa a ser limitada.
2. Fase de rigidez (congelamento)
Duração média: 4 a 12 meses
A dor diminui, mas a rigidez se intensifica, limitando movimentos básicos como levantar o braço ou alcançar as costas.
3. Fase de recuperação (descongelamento)
Duração média: 6 a 24 meses
A movimentação retorna aos poucos, com redução gradual da dor. A recuperação total pode levar até dois anos.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é baseado na conversa com o paciente e na avaliação física. A dor difusa associada à
limitação nos movimentos ativos e passivos costuma ser um forte indicativo.
Exames que ajudam a confirmar ou excluir outras causas:
Radiografia:
descarta fraturas ou artrose
Ressonância magnética: identifica inflamação e espessamento da cápsula
Ultrassonografia: útil para avaliar o manguito rotador
Quando desconfiar de capsulite adesiva?
Alguns sinais devem acender o alerta:
- Dor no ombro que não melhora com repouso ou analgésicos
- Rigidez crescente, sem histórico de trauma recente
- Dificuldade para vestir roupas ou pentear o cabelo
- Histórico de diabetes, problemas hormonais ou imobilizações prolongadas
Quanto mais cedo o diagnóstico for feito, maiores as chances de resposta ao tratamento conservador.
Tratamentos disponíveis para capsulite adesiva
A escolha do tratamento depende da fase da doença e da intensidade dos sintomas.
A maioria dos pacientes melhora com medidas conservadoras.
Tratamento clínico
- Uso de anti-inflamatórios (sempre com orientação médica)
- Infiltrações intra-articulares
- Fisioterapia especializada, com foco em mobilidade e alívio da dor
- Técnicas de medicina regenerativa
- Exercícios de alongamento gradual e técnicas de liberação tecidual
- Aplicações de calor e técnicas manuais
Procedimentos indicados em casos mais resistentes
- Hidrodissecção guiada por imagem, para romper aderências
- Manipulação sob anestesia, quando há rigidez importante
- Artroscopia do ombro, para liberar a cápsula articular
Mais de 90% dos pacientes apresentam melhora significativa com tratamento não cirúrgico,
quando iniciado nas fases iniciais.
Qual o prognóstico?
Apesar de ser uma condição temporária, a capsulite pode comprometer a função do ombro por bastante tempo. Em média, a recuperação leva de
1 a 3 anos.
O que influencia o tempo de recuperação:
- Início precoce da fisioterapia
- Controle de doenças associadas, como diabetes
- Adesão ao plano de reabilitação
- Acompanhamento médico regular
Quando tratada corretamente, a maioria dos pacientes volta a ter uma vida normal, com
alívio da dor e melhora dos movimentos.
Como prevenir a capsulite adesiva?
Embora nem sempre seja possível evitar a capsulite adesiva, algumas atitudes reduzem o risco:
- Manter o ombro ativo e em movimento, especialmente após cirurgias ou imobilizações
- Controlar doenças como diabetes e hipotireoidismo
- Tratar prontamente dores persistentes no ombro
- Incluir exercícios de mobilidade e fortalecimento na rotina
Perguntas frequentes
Qual é o nome médico para o ombro congelado?
O nome médico é capsulite adesiva, uma condição inflamatória que afeta a cápsula articular do ombro, reduzindo a mobilidade e causando dor intensa.
O que causa a capsulite adesiva?
As causas nem sempre são claras, mas estão associadas a imobilização prolongada, traumas, cirurgias, diabetes, doenças da tireoide e distúrbios hormonais.
Onde dói capsulite adesiva?
A dor é localizada no ombro, mas pode irradiar para o braço e piora à noite ou com movimentos simples, como levantar o braço ou se vestir.
Quais são as 3 fases da capsulite adesiva?
Fase dolorosa (dor intensa), fase de rigidez (movimentos muito limitados) e fase de recuperação (mobilidade e dor melhoram gradualmente).
Quanto tempo dura uma capsulite adesiva?
A recuperação pode levar de 12 a 36 meses, dependendo da fase em que o tratamento começa e da resposta individual à fisioterapia.
Quanto tempo geralmente leva para que a capsulite adesiva melhore?
A melhora começa, em média, após 6 meses de tratamento, mas o processo completo pode levar até 2 anos.
Qual exame detecta a capsulite adesiva?
O diagnóstico é clínico, mas exames como ressonância magnética ajudam a confirmar o espessamento da cápsula e excluir outras causas.
A síndrome do ombro congelado tem cura?
Sim. A capsulite adesiva costuma regredir com o tempo, especialmente com fisioterapia e controle da dor, embora possa deixar alguma limitação residual.
Capsulite adesiva pode voltar?
Embora rara, a recidiva pode acontecer, especialmente em pessoas com doenças crônicas mal controladas. Prevenir fatores de risco e manter a articulação ativa ajudam a reduzir essa chance.
A capsulite adesiva é incapacitante?
Pode ser temporariamente incapacitante, dificultando atividades como pentear o cabelo, vestir-se ou levantar objetos, especialmente durante a fase de rigidez.
Quem tem mais risco de desenvolver capsulite adesiva?
Pessoas com diabetes, doenças da tireoide, histórico de cirurgias no ombro ou longos períodos de imobilização têm maior risco. Mulheres entre 40 e 60 anos também são mais frequentemente afetadas.
O que pode piorar a capsulite adesiva?
A imobilização prolongada, a falta de fisioterapia, e doenças não controladas, como diabetes, podem agravar a rigidez e prolongar o quadro.
O que fazer para aliviar a dor da capsulite?
O alívio da dor pode incluir uso de anti-inflamatórios prescritos, aplicação de compressas mornas e fisioterapia com movimentos leves e progressivos.
Qual a melhor compressa para capsulite adesiva?
Compressas mornas ajudam a relaxar a musculatura e aliviar a dor. Devem ser aplicadas por 15 a 20 minutos, de 2 a 3 vezes ao dia.
Qual o melhor exercício para capsulite adesiva?
Exercícios de mobilidade, como o “pêndulo do ombro”, ajudam a manter a articulação ativa e prevenir rigidez excessiva. Sempre devem ser orientados por um fisioterapeuta.
Capsulite adesiva pode afetar os dois ombros ao mesmo tempo?
É raro, mas possível. Em alguns casos, a capsulite começa em um ombro e, após a recuperação, aparece no outro. Isso ocorre com mais frequência em pacientes com doenças sistêmicas, como diabetes.
Existe diferença entre capsulite adesiva e tendinite no ombro?
Sim. A tendinite afeta os tendões e costuma causar dor com esforço. Já a capsulite adesiva compromete a cápsula articular, causando rigidez intensa e dor mesmo em repouso.
A capsulite adesiva pode ocorrer sem dor no início?
Pode. Em alguns pacientes, a limitação de movimento aparece antes da dor mais intensa, o que pode atrasar o diagnóstico.
É possível ter capsulite adesiva após uma cirurgia no ombro?
Sim. Qualquer imobilização prolongada, como a que ocorre após uma cirurgia, pode desencadear o processo inflamatório que leva à capsulite.
Capsulite adesiva pode ser confundida com lesão do manguito rotador?
Sim. Ambas causam dor e limitação de movimento. Por isso, é fundamental avaliação médica e exames de imagem para diferenciar corretamente.
Como posso dormir com capsulite adesiva?
Tente dormir de costas ou no lado oposto ao afetado, com um travesseiro apoiando o braço. Analgésicos podem ajudar a controlar a dor noturna.
Quem tem capsulite adesiva pode fazer musculação?
Durante as fases iniciais, a musculação não é indicada. Após melhora da dor e rigidez, exercícios leves podem ser retomados com orientação especializada.
Quem tem capsulite adesiva pode fazer quiropraxia?
A quiropraxia deve ser evitada durante as fases de dor e rigidez. O tratamento precisa ser baseado em abordagens suaves, com foco na fisioterapia.
Tratamento para capsulite adesiva em São Paulo | Dr. Leonardo Zanesco
A capsulite adesiva é uma condição desafiadora, mas tratável. Com diagnóstico precoce, acompanhamento especializado e tratamento individualizado,
é possível recuperar boa parte da mobilidade do ombro e retomar a qualidade de vida. Se você sente que seu ombro está “travando” e a dor está interferindo nas suas atividades,
procure orientação médica. Quanto antes for iniciado o tratamento, melhores serão os resultados.
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Dr. Leonardo Zanesco e possuo vasta experiência em diagnósticos precisos, tratamentos avançados e técnicas de medicina regenerativa. Formado pela Santa Casa de São Paulo, sou
membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). Me dedico à educação contínua e ao bem-estar dos meus pacientes, garantindo um atendimento de excelência.
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