Artroplastia de cotovelo: Como é feita e quem precisa?

Leonardo Zanesco • 15 de setembro de 2025

A artroplastia de cotovelo é uma cirurgia indicada para substituir total ou parcialmente as superfícies articulares do cotovelo, quando há desgaste grave, dor intensa ou perda funcional importante. Ela pode ser uma opção para pacientes que já tentaram tratamentos conservadores, como fisioterapia, medicação ou infiltrações, sem sucesso.


Neste artigo, você entenderá em que casos a cirurgia é recomendada, como o procedimento é realizado, quais são os cuidados no pós-operatório e o que esperar da recuperação.
Continue a leitura para tirar suas dúvidas sobre esse tema.


O que é artroplastia de cotovelo?


A artroplastia de cotovelo é um procedimento cirúrgico que tem como objetivo
restaurar a função e aliviar a dor no cotovelo gravemente comprometido. Durante a cirurgia, parte ou toda a articulação é substituída por uma prótese. A escolha entre uma substituição total ou parcial depende do grau de comprometimento ósseo e da estrutura ligamentar do paciente.


Essa cirurgia costuma ser indicada em casos como:


  • Artrose avançada, seja ela degenerativa ou causada por trauma
  • Fraturas complexas que não podem ser tratadas com fixação
  • Artrite reumatoide com grande desgaste articular
  • Complicações após cirurgias anteriores que não tiveram sucesso


Quando a cirurgia se torna necessária?


A indicação da artroplastia de cotovelo é feita com base na intensidade dos sintomas e na ausência de resposta aos tratamentos clínicos. Os principais sinais de alerta incluem:


  • Dor constante que limita as atividades diárias
  • Perda significativa da função do braço
  • Instabilidade ou sensação de falseio na articulação
  • Deformidades causadas por fraturas antigas ou doenças inflamatórias
  • Complicações ósseas como necrose ou falha de implantes prévios


Cada caso deve ser analisado individualmente por um ortopedista com experiência em cirurgia do cotovelo, considerando idade, nível de atividade e expectativa de recuperação do paciente.


Como é feita a artroplastia de cotovelo?


A cirurgia é realizada sob
anestesia geral ou regional e, em média, dura entre 1 e 2 horas. O procedimento segue uma sequência de etapas bem definidas:


Passo a passo da cirurgia:


– Acesso cirúrgico pela parte posterior do cotovelo

– Remoção das partes ósseas e cartilaginosas comprometidas

– Preparação do local para receber os componentes protéticos

– Fixação da prótese com ou sem o uso de cimento ósseo

– Fechamento da incisão e colocação de dreno, se necessário


A escolha do tipo de prótese é feita de acordo com a estabilidade da articulação e o nível de desgaste ósseo.


Tipos de prótese utilizados


Existem diferentes modelos de prótese para o cotovelo, e cada um tem indicações específicas:


Prótese ligada (semiconstrained):
oferece maior estabilidade, sendo indicada em casos com comprometimento dos ligamentos


Prótese não ligada (unlinked):
depende de ligamentos preservados e boa estrutura óssea


Próteses modulares:
permitem ajustes conforme as necessidades anatômicas do paciente


A escolha é feita pelo cirurgião com base em exames de imagem e avaliação intraoperatória.


Recuperação e reabilitação


A reabilitação após a artroplastia é essencial para o bom resultado da cirurgia. Ela é iniciada logo nos primeiros dias, com um plano gradual e supervisionado.


Confira abaixo as etapas da recuperação:


  • Internação de 1 a 2 dias, na maioria dos casos
  • Imobilização inicial com tipoia por cerca de 1 a 2 semanas
  • Início precoce da fisioterapia, para prevenir rigidez
  • Retorno às atividades leves entre 6 a 8 semanas
  • Restrições quanto a atividades com impacto ou carga excessiva


O progresso varia de acordo com o perfil de cada paciente, mas muitos conseguem retomar sua autonomia e aliviar a dor de forma significativa.


Vantagens da artroplastia de cotovelo


Pacientes que apresentam
dor intensa e limitação funcional se beneficiam bastante da cirurgia. Os principais ganhos incluem:


  1. Redução relevante da dor
  2. Melhora da mobilidade articular
  3. Restauração da função do braço para tarefas cotidianas
  4. Qualidade de vida significativamente aumentada
  5. Menor dependência de medicamentos analgésicos


Quem pode se beneficiar da cirurgia?


A artroplastia costuma ser indicada para:


  • Pacientes com mais de 60 anos e menor exigência física
  • Pessoas com artrite reumatoide avançada ou artrose grave
  • Pacientes com fraturas graves que não cicatrizaram bem
  • Indivíduos que não obtiveram melhora com tratamentos conservadores


Nos casos de pacientes jovens e ativos, a indicação é mais criteriosa, pois o desgaste da prótese tende a ser mais rápido com uso intenso.


Durabilidade e acompanhamento


Com os avanços tecnológicos e maior precisão nas técnicas cirúrgicas, as próteses de cotovelo se tornaram
mais seguras e duráveis. Estudos indicam que a maioria das próteses tem uma durabilidade média entre 10 e 15 anos, podendo ser ainda maior com os cuidados adequados.


Para preservar a prótese, recomenda-se:


  • Evitar quedas e impactos no membro operado
  • Cumprir o plano de reabilitação
  • Fazer acompanhamento regular com o ortopedista
  • Respeitar os limites de carga e esforço


Esses cuidados são fundamentais para manter os bons resultados ao longo dos anos.


Perguntas frequentes


  • O que é artroplastia de cotovelo?

    É uma cirurgia na qual parte ou toda a articulação do cotovelo é substituída por uma prótese, com o objetivo de aliviar a dor e restaurar os movimentos do braço.


  • Quem precisa fazer uma artroplastia de cotovelo?

    A cirurgia é indicada para pacientes com artrose avançada, artrite reumatoide, fraturas graves que não cicatrizaram bem ou falha em cirurgias anteriores, especialmente quando há dor persistente e perda de função.


  • Como é feita a artroplastia de cotovelo?

    O procedimento é realizado sob anestesia e envolve a remoção das áreas danificadas do cotovelo e a implantação de uma prótese metálica, que pode ser ligada ou não ligada, dependendo da estabilidade ligamentar.


  • Quais são os tipos de prótese utilizados no cotovelo?

    Os principais modelos são as próteses ligadas (mais estáveis, para casos com ligamentos comprometidos), não ligadas (para ligamentos preservados) e modulares (adaptáveis ao desgaste ósseo).


  • Quais os riscos da artroplastia de cotovelo?

    Como qualquer cirurgia, existem riscos como infecção, deslocamento da prótese, rigidez articular, trombose ou desgaste precoce do implante. A avaliação médica adequada reduz esses riscos.


  • Quanto tempo dura uma prótese de cotovelo?

    Com os cuidados adequados, a maioria das próteses dura entre 10 e 15 anos, podendo durar mais em pacientes com menor demanda funcional.


  • Como é a recuperação após a artroplastia do cotovelo?

    A recuperação inclui repouso, uso temporário de tipoia, início precoce da fisioterapia e retorno gradual às atividades, evitando esforço excessivo para preservar a durabilidade da prótese.


  • Qual é a idade ideal para realizar a artroplastia de cotovelo?

    A cirurgia é mais indicada para pacientes com mais de 60 anos e baixa demanda funcional, mas também pode ser considerada em casos específicos em pessoas mais jovens, com avaliação individualizada.


  • A artroplastia de cotovelo elimina completamente a dor?

    Em grande parte dos casos, sim. A dor crônica melhora significativamente após a cirurgia, especialmente quando a indicação é bem feita e o paciente segue corretamente a reabilitação.


  • É possível dirigir após uma artroplastia de cotovelo?

    Sim, mas apenas após a liberação médica. Isso depende da recuperação da mobilidade, do controle da dor e da segurança para realizar os movimentos exigidos ao volante.


  • A artroplastia de cotovelo permite praticar esportes?

    Esportes de baixo impacto, como caminhada e ciclismo leve, são permitidos após a recuperação. Atividades que exigem esforço intenso com os braços devem ser evitadas para não comprometer o implante.


  • Qual o impacto da cirurgia na autonomia do paciente?

    A maioria dos pacientes recupera a capacidade de realizar tarefas cotidianas como comer, escovar os dentes e vestir-se, com grande melhora na qualidade de vida.


  • Existe risco da prótese soltar ou se desgastar?

    Sim. O afrouxamento da prótese pode ocorrer com o tempo, especialmente se houver uso excessivo do braço operado. Por isso, o acompanhamento regular com o ortopedista é essencial.


  • A artroplastia é indicada mesmo quando só um lado do cotovelo está desgastado?

    Dependendo do caso, sim. Em desgastes localizados, pode-se avaliar uma substituição parcial, mas isso depende da estabilidade da articulação e da função geral do cotovelo.


  • Como a decisão entre prótese ligada ou não ligada é tomada?

    Essa escolha depende da avaliação intraoperatória dos ligamentos. Se estiverem preservados, pode-se optar por próteses não ligadas; se houver instabilidade, a prótese ligada é mais segura.


  • É possível realizar uma nova artroplastia se a prótese falhar?

    Sim, a chamada revisão de prótese é possível, mas é uma cirurgia mais complexa, com maiores riscos e tempo de recuperação mais longo.


  • Qual médico realiza a artroplastia de cotovelo?

    O procedimento deve ser realizado por um ortopedista especializado em cirurgia do membro superior, com experiência em técnicas de substituição articular do cotovelo.



Tratamento para artroplastia de cotovelo em São Paulo | Dr. Leonardo Zanesco


A artroplastia de cotovelo é uma opção eficaz para r
estaurar a função e aliviar a dor em casos graves de desgaste articular. Embora seja um procedimento complexo e com indicações específicas, pode transformar a qualidade de vida de muitos pacientes. Se você sofre com dor intensa, rigidez e dificuldade para usar o braço, converse com um especialista e avalie a melhor abordagem para o seu caso.


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Se você está em busca de um ortopedista especialista em ombro e cotovelo, sou o
Dr. Leonardo Zanesco e possuo vasta experiência em diagnósticos precisos, tratamentos avançados e técnicas de medicina regenerativa. Formado pela Santa Casa de São Paulo, sou membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). Me dedico à educação contínua e ao bem-estar dos meus pacientes, garantindo um atendimento de excelência.


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