Ruptura do peitoral maior: Sintomas e intervenções

Leonardo Zanesco • 2 de abril de 2025

A ruptura do peitoral maior é uma lesão grave que afeta o músculo responsável pelos movimentos de empurrar e levantar os braços. Essa condição ocorre principalmente em atividades físicas intensas, como levantamento de peso. Reconhecer os sintomas precocemente e buscar intervenções adequadas pode fazer toda a diferença no sucesso da recuperação.


Neste artigo, você entenderá o que caracteriza essa lesão, suas causas, sintomas e os tratamentos recomendados.
Continue a leitura.


O que é o músculo peitoral maior?


O músculo peitoral maior está situado na
parte frontal do tórax, ligando o esterno ao úmero, o osso do braço. Esse músculo é essencial para diversos movimentos dos braços e ombros, especialmente aqueles que envolvem empurrar, levantar ou aproximar os braços do corpo. Ele é dividido em duas partes:


  • Porção clavicular: Responsável por ajudar a elevar o braço.
  • Porção esternocostal: Atua principalmente em movimentos de empurrar e aproximar os braços horizontalmente.


Embora a ruptura possa ocorrer em qualquer uma dessas áreas, a lesão tende a ser mais frequente no ponto onde o tendão se fixa ao úmero.


Causas da ruptura do peitoral maior


A ruptura do músculo peitoral maior pode ocorrer devido a uma
combinação de fatores, principalmente em situações que envolvem esforço excessivo ou traumas. As principais causas incluem:


Sobrecarga em exercícios:

Movimentos como o supino com peso excessivo são uma das causas mais frequentes, devido à tensão extrema no tendão.


Movimentos bruscos:

Alterações repentinas durante atividades físicas podem sobrecarregar o músculo, favorecendo o rompimento.


Trauma direto:

Impactos fortes na região do tórax podem resultar em uma ruptura muscular.


Degeneração natural:

Com o passar do tempo, o tecido tendíneo pode perder resistência, aumentando o risco de lesões.


Sintomas da ruptura do peitoral maior


Os sintomas variam conforme a gravidade da lesão, mas alguns sinais são recorrentes em grande parte dos casos:


  • Dor súbita e intensa, geralmente ocorre no momento do rompimento, com uma sensação clara de "rasgo" na musculatura.
  • O acúmulo de sangue na região lesionada pode causar manchas roxas que se estendem ao braço e inchaço.
  • Atividades que envolvem empurrar ou levantar o braço afetado tornam-se desafiadoras devido a perda de força.
  • Em rupturas completas, o músculo pode apresentar retração ou recuo, resultando em uma alteração visível na anatomia do tórax.


Tratamentos para a ruptura do peitoral maior


O tratamento da ruptura do peitoral maior é determinado pelo tipo e gravidade da lesão, assim como pelo nível de atividade do paciente. Existem duas abordagens principais: o tratamento conservador e o cirúrgico.


Tratamento conservador


Essa opção é indicada para
lesões parciais ou em pacientes que não praticam atividades físicas intensas. As medidas adotadas incluem:


Uso de anti-inflamatórios que ajudam no controle da dor e na redução do inchaço.

Imobilização parcial que  evita o agravamento da lesão.


Já a fisioterapia envolve exercícios específicos para
recuperar a mobilidade, melhorar a amplitude de movimento e fortalecer a musculatura ao redor.


O tempo de recuperação nesse método pode variar
entre 8 e 12 semanas, dependendo da resposta do paciente ao tratamento.


Tratamento cirúrgico


Para
rupturas completas, especialmente em indivíduos ativos ou atletas, a cirurgia é a abordagem mais indicada.


A
reinserção do tendão é um procedimento que consiste em fixar o tendão novamente ao osso, utilizando técnicas convencionais ou minimamente invasivas.


Após a cirurgia, o braço é imobilizado por
algumas semanas, seguido de um programa de reabilitação com fisioterapia.


A maioria dos pacientes recupera
até 90% da força e mobilidade em cerca de seis meses, desde que sigam corretamente o protocolo pós-operatório.


Prevenção da ruptura do peitoral maior


Adotar medidas preventivas é essencial para reduzir o risco de ruptura do peitoral maior, especialmente em atividades físicas que envolvem esforço intenso. Algumas práticas recomendadas incluem:


  • Aquecer antes dos treinos

O aquecimento prepara músculos e tendões para suportar a carga dos exercícios, reduzindo a probabilidade de lesões.


  • Respeitar os limites do corpo

É importante evitar sobrecargas repentinas. O aumento do peso durante os treinos deve ser feito de forma gradual, respeitando a capacidade individual.


  • Manter uma boa técnica

Executar movimentos corretamente evita o estresse excessivo nos tendões, protegendo a estrutura muscular.


Atletas e praticantes de musculação devem estar atentos a essas recomendações, principalmente ao realizar exercícios como o
supino, que exerce grande pressão sobre o peitoral maior.


Reabilitação e cuidados pós-tratamento


A recuperação completa exige um plano de cuidados estruturado, com diferentes fases de evolução:


  1. Fase inicial: Imobilização do braço e manejo da dor com medicação e repouso.
  2. Fase intermediária: Introdução gradual de movimentos leves, acompanhada de sessões regulares de fisioterapia.
  3. Fase final: Fortalecimento muscular e retorno progressivo às atividades físicas habituais.


É fundamental evitar esforços excessivos durante o processo de recuperação
para prevenir novas lesões ou complicações.


Perguntas frequentes


O que é a ruptura do peitoral maior?

É a lesão que ocorre quando o músculo peitoral maior se rompe parcial ou completamente, geralmente na junção entre o tendão e o osso do úmero.


Quais são os sintomas de uma ruptura do peitoral maior?

Os principais sintomas incluem dor intensa no momento da lesão, inchaço, hematomas, perda de força no braço e deformidade visível no músculo.


Quais são as causas mais comuns dessa ruptura?

As causas incluem levantamento de peso excessivo, movimentos bruscos durante o exercício, traumas diretos e enfraquecimento natural dos tendões devido ao envelhecimento.


Como é feito o diagnóstico da ruptura do peitoral maior?

O diagnóstico é feito por um exame clínico, que pode ser complementado com exames de imagem, como ultrassonografia ou ressonância magnética, para avaliar a gravidade da lesão.


Quais são as opções de tratamento disponíveis?

O tratamento pode ser conservador, com repouso, fisioterapia e medicamentos anti-inflamatórios, ou cirúrgico, em casos de ruptura completa, onde o tendão é reimplantado no osso.


Quando o tratamento cirúrgico é indicado?

A cirurgia é recomendada para pacientes ativos ou em casos de ruptura total, pois a reinserção do tendão é necessária para restaurar a força e a funcionalidade do braço.


Quanto tempo leva a recuperação após a ruptura do peitoral maior?

A recuperação pode levar de 8 a 12 semanas com tratamento conservador. Em caso de cirurgia, o tempo de recuperação completo pode chegar a seis meses, incluindo fisioterapia.


Quem está mais propenso a sofrer essa lesão?

Atletas, praticantes de musculação e pessoas que realizam atividades físicas intensas estão mais propensos, especialmente durante exercícios como o supino.


Quais as diferenças entre uma ruptura parcial e completa do peitoral maior?

Uma ruptura parcial afeta apenas parte das fibras do tendão ou do músculo, mantendo alguma funcionalidade. Já a ruptura completa envolve a separação total do tendão do osso, resultando em perda significativa de força e mobilidade.


O que acontece se a ruptura do peitoral maior não for tratada?

Sem tratamento, a lesão pode levar a deformidade permanente, perda de força no braço afetado e limitações funcionais, comprometendo atividades diárias e esportivas.


Exercícios de alongamento podem prevenir a ruptura do peitoral maior?

Embora o alongamento ajude na flexibilidade, ele sozinho não previne a ruptura. A prevenção depende de aquecimento adequado, técnica correta e fortalecimento progressivo.


Posso voltar a treinar mesmo sem recuperar a força total após uma ruptura?

Não é recomendado. Retornar ao treino sem recuperação completa pode aumentar o risco de uma nova lesão ou agravar a condição.


Como sei se o meu progresso na reabilitação está adequado?

O progresso pode ser avaliado pelo aumento gradual da força, diminuição da dor e recuperação da mobilidade. Sessões de fisioterapia periódicas ajudam a monitorar esses indicadores.


Existe um risco de ruptura no outro lado após o tratamento de uma lesão no peitoral maior?

Sim, o desequilíbrio muscular ou compensações durante os treinos podem aumentar o risco de lesões no lado oposto. O fortalecimento bilateral é essencial para evitar esse problema.


Tratamento para ruptura do peitoral maior em São Paulo | Dr. Leonardo Zanesco


A ruptura do peitoral maior é uma lesão que pode impactar seriamente a mobilidade e a força do braço. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado, seja conservador ou cirúrgico, são fundamentais para uma recuperação eficaz. Além disso,
medidas preventivas são essenciais, especialmente para atletas e pessoas que praticam atividades físicas de alta intensidade.


Você já teve ou conhece alguém que sofreu essa lesão? Compartilhe este artigo e deixe suas dúvidas ou experiências nos comentários!


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Dr. Leonardo Zanesco e possuo vasta experiência em diagnósticos precisos, tratamentos avançados e técnicas de medicina regenerativa. Formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), sou membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). Me dedico à educação contínua e ao bem-estar dos meus pacientes, garantindo um atendimento de excelência.


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