Cirurgia para epicondilite lateral explicada por especialista

Leonardo Zanesco • 1 de novembro de 2024

A epicondilite lateral, também conhecida como "cotovelo de tenista," é uma condição dolorosa que afeta os tendões na parte externa do cotovelo. Embora muitos casos possam ser tratados com métodos conservadores, como fisioterapia e medicação, há situações em que a cirurgia se torna necessária para aliviar a dor persistente e restaurar a função do cotovelo.


Neste artigo, entenda em detalhes a
cirurgia para epicondilite lateral, desde as indicações, os tipos de procedimentos, a recuperação e os cuidados pós-operatórios.


Quando a cirurgia é indicada?


A cirurgia para epicondilite lateral é considerada principalmente quando os
tratamentos conservadores, como fisioterapia, infiltrações de corticosteróides e ajustes nas atividades diárias, não conseguem aliviar a dor de forma satisfatória. Geralmente, essa opção é avaliada após um período de seis meses a um ano de tratamento sem sucesso, especialmente se a dor está impactando significativamente a qualidade de vida e limitando as atividades diárias e profissionais.


A cirurgia também pode ser indicada para pacientes que apresentam uma
degeneração avançada dos tendões, rupturas parciais ou completas, ou para aqueles que desenvolvem complicações, como a presença de calcificações tendíneas. A decisão de realizar a cirurgia deve sempre ser baseada em uma avaliação conduzida por um ortopedista especialista em cotovelo.


Tipos de cirurgia para epicondilite lateral


Existem dois principais métodos cirúrgicos para tratar a epicondilite lateral: a artroscopia e a cirurgia aberta. A escolha do procedimento depende da gravidade da lesão, das condições individuais do paciente e da preferência do cirurgião.


Artroscopia


A
artroscopia é uma técnica minimamente invasiva em que o cirurgião faz pequenas incisões para inserir uma câmera (artroscópio) e instrumentos cirúrgicos no interior da articulação do cotovelo. Durante o procedimento, o cirurgião pode remover o tecido degenerado, eliminar calcificações e tratar doenças associadas que estejam contribuindo para a dor.


Vantagens da artroscopia:


  • Recuperação mais rápida;
  • Menor risco de infecção;
  • Cicatrizes menores e menos invasivas.


Cirurgia aberta


A cirurgia aberta é geralmente indicada para
casos mais severos, onde a artroscopia pode não ser suficiente. Neste procedimento, o cirurgião faz uma incisão maior no cotovelo para acessar diretamente os tendões danificados. O tecido cicatricial é removido e, se necessário, o tendão danificado é reparado ou reanexado ao osso.


Vantagens da cirurgia aberta:


  • Acesso direto e mais completo às estruturas internas do cotovelo;
  • Melhor visualização e correção de lesões mais complexas.


Desvantagens:


  • Tempo de recuperação mais prolongado;
  • Maior risco de complicações pós-operatórias, como infecções;


Preparação para a cirurgia


Antes de realizar qualquer cirurgia, é importante que o paciente passe por uma
avaliação médica. Exames de imagem, como ressonância magnética ou ultrassonografia, são frequentemente utilizados para determinar a gravidade da lesão e auxiliar no planejamento cirúrgico. Além disso, o médico revisará o histórico de saúde do paciente, incluindo medicações em uso e possíveis alergias.


O paciente também precisará passar por uma consulta com o anestesista, que avaliará sua condição clínica e determinará a melhor abordagem anestésica para o procedimento, considerando possíveis riscos e interações medicamentosas. Durante essa consulta, o anestesista esclarecerá dúvidas sobre o tipo de anestesia que será utilizada, os cuidados no pós-operatório e a importância do jejum.


O paciente também receberá instruções específicas sobre o jejum, a necessidade de suspender certos medicamentos e os cuidados pré-operatórios.
Seguir rigorosamente todas as orientações fornecidas pelo cirurgião é essencial para assegurar que o procedimento ocorra de forma segura e eficaz.


Recuperação pós-operatória


A recuperação após a cirurgia para epicondilite lateral varia conforme o tipo de procedimento realizado e a gravidade da lesão, mas geralmente segue algumas etapas comuns.


Primeiras semanas


Nas semanas iniciais após a cirurgia,
o cotovelo é imobilizado para promover a cicatrização dos tecidos. Durante esse período, é comum que o paciente experimente dor e inchaço, que podem ser controlados com medicação prescrita e aplicação de gelo.


Início da mobilização


Após a fase de imobilização, o fisioterapeuta inicia
exercícios leves para prevenir a rigidez e melhorar a amplitude de movimento do cotovelo. O retorno gradual às atividades diárias é incentivado, mas sempre com cautela para evitar sobrecarregar o tendão em recuperação.


Fortalecimento e reabilitação


À medida que a recuperação progride,
exercícios de fortalecimento são introduzidos para restaurar a força e a função do cotovelo. A reabilitação completa pode levar de três a seis meses, dependendo da gravidade da lesão e da resposta individual ao tratamento.


Possíveis complicações


Embora a cirurgia para epicondilite lateral seja geralmente segura, há riscos associados a qualquer procedimento cirúrgico. As possíveis complicações incluem infecção, lesão nervosa, rigidez articular e, em alguns casos, a necessidade de uma nova intervenção se os sintomas persistirem.


Seguir as orientações pós-operatórias e manter o acompanhamento regular com o cirurgião
são essenciais para minimizar esses riscos e promover uma recuperação eficaz.


Perguntas frequentes


Quando a cirurgia para epicondilite lateral é necessária?

A cirurgia é considerada quando tratamentos conservadores, como fisioterapia e medicamentos, falharam em aliviar os sintomas após 6 a 12 meses.


Quais são os tipos de cirurgia para epicondilite lateral?

Os dois principais tipos são a artroscopia, que é minimamente invasiva, e a cirurgia aberta, indicada para casos mais graves.


Quanto tempo dura a cirurgia para epicondilite lateral?

A cirurgia geralmente dura entre 30 minutos e 1 hora, dependendo da complexidade do caso.


A cirurgia para epicondilite lateral é dolorosa?

A cirurgia é realizada sob anestesia, portanto, não é dolorosa durante o procedimento. A dor pós-operatória é controlada com medicação.


É possível retornar ao trabalho após a cirurgia de epicondilite lateral?

O retorno ao trabalho depende da natureza do trabalho e do progresso da recuperação. Atividades leves podem ser retomadas em algumas semanas, enquanto trabalhos que exigem esforço físico podem demorar mais.


Quais são as chances de sucesso da cirurgia para epicondilite lateral?

A maioria dos pacientes experimenta alívio significativo da dor e melhoria na função após a cirurgia, com taxas de sucesso superiores a 80%.


Preciso de fisioterapia após a cirurgia de epicondilite lateral?

Sim, a fisioterapia é essencial para recuperar a amplitude de movimento e fortalecer o cotovelo após a cirurgia.


Quanto tempo antes da cirurgia devo parar de tomar certos medicamentos?

É importante interromper o uso de medicamentos anticoagulantes e anti-inflamatórios cerca de uma semana antes da cirurgia, mas isso deve ser discutido com o seu médico para garantir uma preparação adequada.


Qual será a aparência da cicatriz após a cirurgia?

A artroscopia geralmente deixa cicatrizes muito pequenas, enquanto a cirurgia aberta pode deixar uma cicatriz maior. Com o tempo, as cicatrizes tendem a se tornar menos visíveis.


Existe a possibilidade de a dor retornar após a cirurgia?

Sim, existe uma pequena chance de a dor retornar, especialmente se as atividades que causaram a lesão inicialmente forem retomadas sem as devidas precauções.


Devo esperar alguma alteração na sensibilidade do cotovelo após a cirurgia?

É possível sentir alguma alteração temporária na sensibilidade ao redor do local da cirurgia, que geralmente melhora com o tempo e a cicatrização.


Quais sinais de complicações devo observar após a cirurgia?

Sinais como febre, aumento do inchaço, dor intensa que não melhora com medicação, vermelhidão ou secreção na área da incisão podem indicar complicações e devem ser comunicados ao seu médico imediatamente.


Ortopedia com foco em ombro e cotovelo | Dr. Leonardo Zanesco


A cirurgia para epicondilite lateral pode ser uma solução eficaz para pacientes que não obtiveram alívio com tratamentos conservadores. Com as técnicas cirúrgicas avançadas disponíveis, muitos pacientes conseguem retornar às suas atividades normais com menos dor e maior funcionalidade. Se você está considerando a cirurgia para epicondilite lateral,
converse com seu ortopedista especialista para entender as opções de tratamento e o que esperar do processo de recuperação.


Se você está em busca de um ortopedista especialista em ombro e cotovelo, ficarei feliz em ajudar. Sou o
Dr. Leonardo Zanesco, ortopedista com foco em diagnósticos precisos e tratamentos especializados para problemas nessa área. Minha formação foi na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), sou membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e possuo Título de Especialista em Cirurgia do Ombro e Cotovelo pela Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo e pela Associação Médica Brasileira.


Acredito em um atendimento humanizado e individualizado, buscando sempre integrar as melhores práticas com o uso de tecnologias modernas. Meu compromisso com a educação contínua me permite oferecer
opções de tratamento atualizadas, sempre priorizando o bem-estar e a recuperação dos pacientes.


Para mais informações
confira o site e se você quiser agendar uma consulta clique aqui.


E continue acompanhando a central educativa para aprender mais sobre temas relacionados à saúde do ombro e cotovelo.

infiltração guiada por usg
Por Leonardo Zanesco 22 de abril de 2025
A infiltração guiada por USG oferece mais precisão no tratamento da dor e inflamação. Descubra como funciona e quais os benefícios desse procedimento.
lesão bíceps distal
Por Leonardo Zanesco 16 de abril de 2025
Descubra como diagnosticar e tratar a lesão do bíceps distal, uma condição que pode comprometer a força e mobilidade do braço. Saiba mais sobre causas e tratamentos.
células mesenquimais na síndrome do manguito rotador
Por Leonardo Zanesco 9 de abril de 2025
Descubra como o PRP e as células mesenquimais na síndrome do manguito rotador ajudam na regeneração tecidual e no alívio da dor, oferecendo soluções inovadoras.
ruptura do peitoral maior
Por Leonardo Zanesco 2 de abril de 2025
Ruptura do peitoral maior: Conheça desde sintomas e causas até as melhores intervenções e tratamentos disponíveis para uma recuperação eficaz.
aspirado de medula óssea
Por Leonardo Zanesco 26 de março de 2025
Conheça as diferenças entre o aspirado de medula óssea e a gordura microfragmentada como fontes de células mesenquimais, suas vantagens e aplicações médicas.
ácido hialurônico e medicina regenerativa
Por Leonardo Zanesco 12 de março de 2025
Conheça a relação entre ácido hialurônico e medicina regenerativa. Conheça seus usos, benefícios e como podem transformar tratamentos articulares e estéticos.
Ombro estalando
Por Leonardo Zanesco 10 de março de 2025
Ombro estalando pode ser decorrente do atrito natural entre os tecidos, ou indicar problemas estruturais que exigem atenção médica. Entenda mais.
Instabilidade do ombro
Por Leonardo Zanesco 7 de março de 2025
Além disso, abordagens da medicina regenerativa, como a terapia com células mesenquimais e o plasma
plasma rico em plaquetas artrose
Por Leonardo Zanesco 27 de fevereiro de 2025
Descubra como o plasma rico em plaquetas (PRP) está mudando o tratamento da artrose, promovendo regeneração articular e alívio da dor.
Rotura do tendão do bíceps
Por Leonardo Zanesco 25 de fevereiro de 2025
Descubra sobre a rotura do tendão do bíceps: tratamento, causas e opções de recuperação. Saiba como retomar suas atividades com segurança.
Mais Posts